sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Index da Igreja Católica



Era uma lista de livros que não deveriam ser lidos por católicos. O Index era elaborado pela Igreja mas sua publicação foi abolida em 1962 no Concílio Vaticano Segundo, pelo papa João XXIII. A Sagrada Congregação do Índice (Index) foi elaborada no século XVI pelo papa Pio V. Ele elaborou uma lista das obras “proibidas” que passou a ser reeditada periodicamente. Dois dos livros incluídos no Índex eram “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, e “Notre Dame de Paris”, de Victor Hugo.

O que havia no Índice

Este índice nada mais era do que uma enorme lista com os nomes de livros e autores que apresentavam conteúdo classificado como impróprio para os fiéis, pois iam contra os dogmas da igreja. Em sua última edição, ele continha mais de 4000 títulos de livros censurados e as principais razões apontadas pela igreja para essa censura foram: heresia, deficiência moral, sexualidade explícita, incorreção política, etc.
A maioria das obras presentes no índice eram de cientistas, filósofos, enciclopedistas ou pensadores. Os maiores autores que tiveram seus nomes na lista foram: Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Erasmo de Roterdão, John Locke, Thomas Hobbes, Rousseau, Montesquieu e David Hume. Mas também haviam romancistas e poetas incluídos nessa lista, alguns deles foram Voltaire, Jonathan Swift, Jean-Paul Sartre, Vitor Hugo, etc.

Consequências e Curiosidades sobre o Index

O índice vigorou por mais de 400 anos, foi a maior e mais influente lista de livros proibidos da história.
Até o século 18, os leitores que ousassem possuir as obras proibidas pelo índice, estavam sujeitos a um julgamento nos Tribunais da Inquisição, acusados de “hereges”.
Do século XIV ao século XX, todos os livros só poderiam ser impressos se passassem pela aprovação de um bispo, que lia as obras e julgava imprópria ou não.
Durante os primeiros séculos de atuação, o Index e a Inquisição “trabalhavam” juntos, julgando e condenando escritores, por exemplo, acusados de irem contra os dogmas da Igreja Católica.
As primeiras edições eram em Latim, o que dificultava e ao mesmo tempo ajudava com as proibições na população. Por um lado, enquanto os analfabetos predominavam, por outro, muita gente desconhecia a leitura, logo, não iriam comprar nenhum dos livros proibidos.
Durante muitos anos, até em áreas diversas como Brasil e Polônia foi muito difícil de encontrar cópias dos livros banidos pela igreja.

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